quarta-feira, 1 de dezembro de 2010

Conexão



Mais ou menos entre as 9 e às19 horas eu estou trabalhando, provavelmente você também e o dono da loja também. Então quem vai comprar?
Esta é uma das várias heranças do período industrial que começou em meados do século XVIII e foi até metade do século XX onde iniciamos o período pós-industrial.
As pessoas precisavam estar em um local para produzir bens de consumo. Quanto mais pessoas, mais horas/trabalho; mais produção. Havia a necessidade de horários rígidos, muita organização, funcionários, encarregados, coordenadores, supervisores, gerentes, diretores, e assim vai... O que acontece é que por muitos anos nossa sociedade viveu dentro deste sistema. Trabalhar e produzir, cada vez mais.
Agora nos encontramos na era da informação. Esse é o novo tema. Era dos serviços, da comunicação, da virtualidade, onde não precisamos mais estar presentes fisicamente e temos acesso ao mundo, instantaneamente. Máquinas apertam os parafusos por nós. Estamos na era do pensamento. E aí?
E aí que o importante é viver.
Mas que vida?
Que bom que o pensamento é livre. Talvez a única coisa livre que temos. Nos apegar a ele, com todas as nossas forças, pode nos tornar presos ao próprio pensamento. Presos a liberdade.
Eu só quero saber em qual rua minha vida vai encostar na própria vida. Quero viver, embora as vezes seja tão difícil apenas existir. Veja as plantas, que lindo as plantas... Será que somos tão lindos quantos as plantas? Será que somos melhores?
As vezes não queria dormir mais, mas ai não poderia sonhar... ah não... eu quero sonhar!! Então vou ficar acordado, mas não muito, senão vou ser uma pessoa só.
Essa é a nova era. A era da prisão ao pensamento livre! Somos seres criados para ser livre! Só que precisamos pensar juntos, sonhar juntos; Caminhar juntos! Somos presos a uma coletividade solitária. Somos em torno de seis bilhões de solitários. Talvez um pouco menos, porque existem também os conectados.
Então, digo, não somos seres solitários, somos seres desconectados. Desconectados da natureza, de toda as pessoas, e pior ainda, de nós mesmos; porque se não fossemos, o mal não existiria.
Novos tempos... por enquanto, teoria.

sábado, 20 de novembro de 2010

A luz é vida.

Ah....!!!!! Que bom é a vida!!!! Sons, sabores, luz... A luz. Da mesma forma que o som, há luz, que se derrama sobre todos. Que bom ver a luz.
As flores, os pássaros, as árvores, a vida, quase tudo é reflexo da luz. A luz é vida. Você, eu, todo o mundo não existe se não existir a imagem; o reflexo da luz. O som é a luz, a luz do sentimento. Do som que nasce a dança, a luz da alma.
Na verdade, somos reflexos, reflexos de todas as coisas que chegam até nós. Refletimos os estímulos externos. As vezes refletimos nosso íntimo, aí refletimos um pouco de Deus.
Quando a luz é suave não existem sombras, as sombras são simplesmente um pouco de luz.
Quanto mais luz, mais vida, mais alegria (não em sua força) mas em sua intensidade e intensidade é uma força que brota de dentro da gente. É um sentimento. Se bem que tudo é sentimento.
Olhos, portas de nossas almas, lentes de nosso universo, quantas vezes é preciso abrir e fechar, abrir e fechar, abrir e fechar, para enxergarmos tamanha beleza. É necessário milhares de vezes e mesmo assim, não conseguimos ver o quanto tudo é tão belo. É preciso fechar os olhos para poder abrir novamente e deixar a luz entrar e até o coração. Aí ela chega a um ponto que não precisamos mais abrir os olhos novamente.
Deixar a luz entrar e refletir luz; isso é viver. Que simples não?
Se não é tão simples assim, feche os olhos e escute os sons, a luz vai aparecer também e você vai refleti-la da mesma forma. Para isso basta apenas uma coisa, sentir-se luz! 

sábado, 6 de novembro de 2010

Dinheiro, a ração humana.


Escrevo de um Macbook Air. Que bom.? Para “ser humano” é preciso receber nossa ração mensal. Mudam-se os potes, mas as necessidades não (as coisas não precisam de você... outros olhos e armadilhas...). Estou escutando um DVD onde as letras se misturam com minhas ideias.
Vivemos por poucas porções de rações. Elas compram nossas almas. (os inocentes não querem saber de você...).
Os parênteses são partes das letras que estou escutando, na medida que vou escrevendo.
Seguimos caminhos que não sabemos onde vai dar, mas precisamos nos alimentar das ilusões das compras. Vamos comprar. Comprar ou não comprar, eis a questão (acho que vou desistir...).
Porque nos vendemos? Vendemos nossa alma por um pouco de dinheiro ao final dos meses. Porque dinheiro sempre é pouco.
Será que podemos ser um pouco mais que isso? (acho que vou resistir...).
Vamos ser um pouco racional; porque vendemos a vida se podemos ser nós mesmos? Mas aí vem a pergunta, quem é você?
Ah... que bom se não fossemos humanos, não teríamos medo, inveja, raiva, insegurança, não precisaríamos de dinheiro (acho que o mundo faz charme, e que ele sabe como encantar...).
Mas, enfim, somos humanos. Então somos isso mesmo. E o que fazer?
Somos seres grávidos; de terra, de luz, de saber, de vontade... um dia vamos parir. Parir nosso intimo, que medo dá isso!
(Mágicas, absurdos...) Viver é uma arte, uma arte de fazer muitas coisas sem bem saber o que são. Viver é a arte de não precisar de dinheiro. Será? Sem ração não vivemos. Não precisar é ter muito ou não ter nada?
Dinheiro e vida, dualidade e unicidade. Que coisa louca isso. Será que amor, humildade, abdicação, despojo, tem haver com tudo isso? (O mundo é você quem faz... música, letra e dança...)

segunda-feira, 25 de outubro de 2010

A força do pensamento

Veja esta matéria sobre neurolinguística na página "Vida Simples". Boa leitura!

sábado, 23 de outubro de 2010

Com a palavra: Dalai Lama


Vale a Pena. Na página: "Textos de outros autores".

Ensaio sobre a educação

Onde se origina o pensamento? Este é um questionamento que acompanha a filosofia desde de seu início. Sendo o cérebro humano um órgão do corpo que reage quimicamente aos estímulos externos, podemos acreditar que nosso pensamento é um estímulo ao cérebro e não está contido nele. Então onde ele está? Seria nossa alma? O pensamento estaria em um momento anterior as reações de nossos neurônios? Com essa premissa poderíamos modificar a idéia mesmo antes dela ser captada pelos nossos sentidos. Onde estaria a origem do pensamento?
Nosso pensamento, mente ou consciência pode ser a essência de nossa vida comandando nosso corpo e todas as respostas eletroquímicas de nosso organismo.
Através da meditação, como um exercício de “esvaziamento” do cérebro, poderíamos libertar a verdadeira existência, livre da contaminação do mundo externo e poderíamos também nos analisar como se estivéssemos fora de nós mesmos. Admitindo isso podemos desconstruir o padrão mental formado nestes últimos séculos e ter uma outra visão de nosso desenvolvimento e formação.
Hoje nossa educação é baseada em uma formação técnica, onde sempre aprendemos a desempenhar funções e papéis em uma sociedade. Esta forma de educação nos leva a construirmos um padrão mental, que transforma o ser humano em pequenas máquinas desempenhando funções específicas. Isto ocorre de forma ainda mais intensa na fase adulta onde as especializações vão se afunilando, como ocorre em v ários segmentos profissionais. O profissional pode ter um desvio de caráter, pouco senso analítico, ignorar grande parte da cultura existente, mas ser um excelente especialista em determinada área e ser muito valorizado na sociedade atual com grande recompensa financeira, base de nossa estrutura de valores. Isto de certa forma é um incentivo a alienação e ao progresso da criação do padrão mental.
Aceitando uma consciência fora de nosso estado físico, deveríamos ter uma educação onde a base seria a língua, para nos comunicarmos e o principal seria o desenvolvimento do pensamento crítico. Dai para frente cada um teria a liberdade para busca o conhecimento e o desenvolvimento de suas aptidões, de acordo com sua vontade e necessidade. Porque uma pessoa em formação tem que aprender física, química, história, entre outras matérias, sendo que não foi dada a ela as ferramentas necessárias para que tenha a capacidade de escolher seus estudos e seu desenvolvimento. Poderíamos transformar a realidade em que vivemos, simplesmente admitindo a possibilidade de desconstruir o padrão mental imposto por nossa formação escolar e de vida. Podemos criar um sistema de formação de pensamento livre.
Quando se fala as quatro ventos, principalmente em períodos eleitorais, sobre a importância da educação, raramente é levada a discussão com verdade. A educação necessária está muito longe de criarmos técnicos. Somos uma civilização do século 21. Já estamos na hora de vivermos os conceitos desse novo século.

Monte Verde, muito frio e muito charme...







quarta-feira, 6 de outubro de 2010

REVISTA VIDA SIMPLES


A Revista Vida Simples, da editora  Abril, autorizou a publicação de textos dela no blog Lado B, então hoje estréia alguns dos ótimos textos publicados por eles para vocês que acompanham este blog. Na página Textos Vida Simples. Boa Leitura!

A vida esta ficando cada vez mais enlatada!


Tudo pronto.
Frases? Já vem pronta. Relacionamento? Em 140 caracteres. Opinião? A da maioria. É a era da “informação digital”. Nunca, pelo menos na história escrita, a humanidade teve a disposição tanta informação. Então deveríamos estar mais inteligentes, com um senso critico muito mais apurado, conceitos mais elaborados, mas...
Primeiro o rádio, uma espécie de áudio-book, instigando a imaginação com suas novelas, a informação em tempo real e as belas canções que embalavam as noites das famílias em suas casas. Depois a televisão, fonte de imagens e sons que já esboçavam um enlatamento da cultura, com programações ditas populares, “entretenimento de alienação”, criando um modelo de vida irreal com a contribuição da propaganda do mundo de Alice. Música? Somente aquelas que se canta com a bunda. Aí vem a internet, ah... essa sim, com a força da liberdade de expressão, com um volume indescritível de informação, imediata, o mundo a disposição, e... enlatou mais ainda? Um volume de informações rápidas, por mais contraditório que pareça, na maioria das vezes superficial.
Mas não são os meios e sim quem recebe as informações que está utilizando menos seu único diferencial dos outros animais: o pensar.
A dinâmica da vida de sobrevivência está nos levando a não nos relacionarmos mais. Não discutirmos os assuntos com um pouco mais de profundidade. Não nos darmos tempo para encontrarmos com outras pessoas, sentarmos com elas e desfrutarmos da melhor de todas as mídias: a boca.
Como faz bem conversar, ao vivo, em cores. Escutar, argumentar, ouvir estórias e histórias, vivências, tristes ou engraçadas, não importa: experiências, que nos faz sentirmos vivos.
É hora de criar o movimento “Slow Life”. Sem TV, com menos internet e mais bares, chopes, cafés, restaurantes... qualquer coisa ou lugar onde possamos encontrar pessoas. Sentar e gastar muito tempo com elas. Não há nada mais interessante que filosofia de final de noite. Exercitamos nosso direito de expressar, discordar, concordar, mas estamos ali, defendendo idéias. A vida é para se levar devagar, correndo menos e convivendo muito mais.
Bom, então desliga logo esse micro e vai procurar uma pessoa bem bacana para conversar. Tchau!

Em ritmo de "Passione"

Você pode ter várias em uma vida, mas é necessário apenas uma. Precisamos de pelo menos uma! Ela preenche uma lacuna que nos mostra a pureza da incondicionalidade, o vazio que é preenchido pela doação, no sentido mais amplo que esta palavra pode ter. A partir deste momento o verbo trocar é eliminado do seu vocabulário, mesmo que momentaneamente. A energia gerada não se renova, ela simplesmente não se acaba. Uma infinda onda de amor sem nada em troca.
Podemos até passar uma vida sem ter uma paixão, mas incompleta será. Pode se exprimir este sentimento sendo por outra pessoa, mas ele pode ser por qualquer coisa. A vontade de estar, experimentar, não se separar, de achar aquele momento único e o mais importante de nossas vidas, e talvez até seja mesmo. Tudo isso em um caldeirão de fervor e adrenalina.
É uma energia para ser emanada, vivenciada, experimentada e principalmente guardada e mesmo que não queiramos ela vai ficar e nos acompanhar.
É como se fosse uma marca, uma tatuagem em nossas almas, em nossos corações, não ocupando um espaço à ser substituído ou preenchido mas ocupando todo nosso ser, sempre interagindo e se misturando as novas experiências que vem e vão.
É um sentimento muito próximo ao amor, mesmo que não tão sublime como.
Parafraseando Vinícius, “...quem nunca viveu uma paixão, nunca vai ter nada não...”

segunda-feira, 20 de setembro de 2010

Nossa, tem dia que é f...

O que fazer num dia que podia ter pulado. Tédio!! Nessas horas parece que não tem o que fazer... passar um email? Dar uma twitada... essa é de matar! Pensar em Deus... não... Ele deve ter mais o que fazer. Olhar para dentro, tipo Yoga. Não dá, hoje não tem nada dentro. Passear com o filho no shopping. Essa pode melhorar. Se não tiver filho, tentar fazer um. Opa!! Essa é boa! Não vai rolar... Pensar em uma coisa bem braba para ver que o dia não foi tão ruim assim, como: cair a obturação do dente do lado que você mais mastiga e você ainda não jantou!! Não, essa é demais. Pensar que você está assim porque a grande maioria das pessoas que você conhece é medíocre, e você não é igual a elas... nossa, que medíocre isso! Calma, eu tô tentando...
Assistir TV. Aiii, tá passando programa eleitoral... Debate esportivo... Um filme chato no meio... A vida selvagem (ahhh não, vida animal essa hora não!)... Programa de culinária... não vai rolar também. Um bom livro. Em dia de tédio? Melhor não. Escutar música. Boa. Colocar no aleatório para ver o que vem...

“ Não vou viver, como alguém que só espera um novo amor. Há outras coisas no caminho a onde eu vou... As vezes ando só trocando passos com a solidão, momentos que são meus e que não abro mão...
Já sei olhar o rio por onde a vida passa, sem me precipitar e nem perder a hora. Escuto no silêncio que há em mim e basta. Outro tempo começou prá mim agora...
Vou deixar a rua me levar, ver a cidade se acender. A lua vai banhar esse lugar e eu vou lembrar você...
É! Mas tenho ainda muita coisa pra arrumar. Promessas que me fiz e que ainda não cumpri. Palavras me aguardam o tempo exato prá falar. Coisas minhas, talvez você nem queira ouvir...”
“Prá rua me levar” de Ana Carolina.

É... esse lance de música é f...

Obs.: Se quiser, pode ouvir também “baba baby” interpretada pela Maria Gadú, você vai ver que tem coisas muito ruins que podem até ficar boas... aproveita e escuta o resto do CD que é muito legal...

quinta-feira, 16 de setembro de 2010

A vida é um jogo de futebol


Precisamos competir uns com os outros e há um tempo para isso. É necessário estarmos unidos a um time, uma tribo, uma corporação... Todo time tem um craque, que quase sempre tenta ser imitado.
É necessário seguir um técnico, um líder.
Todos corremos, todos os dias por um gol. Um gol apenas. Pode ser um grande emprego, a sena ou um grande negócio. Eles existem: os gols! Então porque não ser eu o artilheiro?!
O imponderável está sempre presente, tudo pode acontecer. O futebol é dos únicos esportes que permitem a uma equipe inferior sair vencedora.
E tem o juiz! Pessoa que tem o poder de julgar, decidir e principalmente errar. Sim, o juiz. Erro as vezes casual, as vezes proposital, mas que influencia diretamente o seu percurso.
Tem também os dirigentes, melhor não comentar.
E agora, os principais ingredientes finais: a paixão, a torcida e a esperança.
Ah... a esperança, essa faz milagres.
E por tudo isso, ganhamos dinheiro.
O futebol é formado por uma matriz, uma matriz que forma grande parte da vida das pessoas deste mundo. Por isso é tão querido. Ultrapassa fronteiras, religiões, raças, sexo, enfim, quase tudo, e, as vezes, é até fanaticamente seguido. Isso pela identidade que existe entre ele e nossa matriz de vida.
Nós vivemos dentro de matrizes. Preste a atenção como médico tem cara de medico, músico tem cara de músico, político cara de político, bandido de bandido, gari de gari e assim vai. Assumimos uma matriz e vamos nos moldando à ela. Quase sem perceber escolhemos uma matriz para viver e vamos com o tempo adquirindo todas as suas simbologias, comportamentos e acabamos vivendo dentro dela, com o custo da própria vida. Se outro escolhe outra matriz muito diferente da sua; aí vem o preconceito. De novo ele. Ele sempre aparece!
De vez em quando percebemos que está tudo errado, então assumimos outra matriz. Mudamos nossos hábitos, modo de vestir, modo de falar, tribo, e como um passe de mágica, estamos diferentes. Diferentes? De quê mesmo?
E assim caminhamos analisando... pensando... mas no fim estamos dentro de uma matriz. Que coisa não? Acho que um exercício interessante para nossas vidas seria desconstruirmos as matrizes em que vivemos. Como seria o mundo? Seriamos nós mesmos. Que medo!!! Ou será que seríamos felizes?

Vem aí o verão. Não se preocupe.

Gente, tem um texto do Cassio Brandão na página de texto. Muito legal, não deixem de ler.

terça-feira, 7 de setembro de 2010

O Mundo Ideal

Como seria o mundo ideal?
Sem governantes, sem leis, sem regras, sem imposição. Anarquia? Não. Consciência e liberdade.
Porque somos governados por pessoas, hábitos, moda e costumes? Talvez por sempre pautarmos nossa vida na zona de conforto, “...vida de gado, povo marcado, povo feliz...” como já disse Zé Ramalho, nosso Bob Dylan. É possível trocarmos nossa condição de formigas (abelhas seriam um pouco melhores) por uma condição de seres pensantes. A famosa corda entre o Animal e o Super-Homem – uma corda sobre o abismo (Nietzsche). Pode ser que esta possibilidade fique apenas no campo dos sonhos, das idéias. Neste ponto podemos emendar com Platão definindo a idéia como: perfeita, eterna, imutável e mais real que os particulares que as partilham. Mas, se temos a capacidade de concebermos as idéias, porque não de executá-las, assim como nós a imaginamos? Porque estamos de forma atávica ligados ao medo. “Estamos presos em uma caverna seduzidos por uma ilusão, confundindo sombras com realidades, mas quase sempre sem saber que estamos sendo enganados” (de novo Platão).
Não conseguimos enxergar a verdadeira imagem da vida porque estamos voltados à sombras delas. Voltar-nos ao nosso mundo interior nos leva, quase via de regra, a acessarmos o mundo verdadeiro, sem a interferência dos muros erguidos pela cobrança da unificação das atitudes e do preconceito. Que bobagem esta sociedade. Criando barreiras e medos, vivendo uma ansiedade de sabermos que somos melhores do que nos apresentamos.
O mundo ideal é livre e só há liberdade se existir o amor. Não é possível um mundo melhor sem que necessariamente estas duas expressões ou sentimentos caminhem absolutamente juntos. Com o amor não há o medo. Então seremos livres de nós mesmos e poderemos acender as luzes da vida. Entenderemos as sombras, parte de nosso ser, e, finalmente enxergaremos a beleza do “mundo real” com suas várias nuances. Poderemos então, pelo menos aproximar, as idéias de nossas vidas cotidianas.
Em resumo, pode-se dizer que com três atitudes conseguiremos o mundo ideal: a idéia, a liberdade e fundamentalmente o amor, sendo este talvez, a semente, o início e o fim de todo nosso processo evolutivo.

segunda-feira, 6 de setembro de 2010

Nosso Lar

Li uma crítica ao filme “Nosso Lar”, tanto no que se refere ao orçamento do filme de R$ 20 milhões (segundo o Blog do Mauricio Stycer, o crítico em questão) quanto ao conteúdo e a produção. Gostaria de pegar o gancho de meu último texto sobre as fábulas. Mesmo que tudo o que foi mostrado no filme, fique no campo ficcional, mesmo que acreditemos que toda a história é uma criação de Chico Xavier e não uma psicografia, temos que admitir a beleza da mensagem e a viajem no mundo da imaginação humana a procura de uma melhor forma de convivência. Fico muito triste ao ver uma crítica tão maldosa, deixando nas entrelinhas que o investimento no filme foi mal utilizado, reduzindo o texto a uma “verborragia”, como se o crítico estivesse acima de todos e fosse o detentor do conhecimento. Sem me prender a maldade do critico, o qual não vale a pena gastar meu tempo, o filme é um dos raros momentos de reflexão sobre nossa existência, do ponto de vista espírita. Não sou espírita e nem é a intenção defender nenhuma religião, mas sim a livre expressão, o respeito a todas as filosofias e o incentivo a divulgação delas. Devemos sempre estar prontos a receber e procurar entender o vários pontos de vistas, que tenho certeza de só agregar à nossa caminhada.  Acredito que devemos dar espaço as nossas “fábulas ou verdades” de nosso imaginário e abrir nossas mentes as diversas possibilidades de nossa existência. Dar fim de vez ao preconceito (por sinal a qualquer tipo dele) aos assuntos do qual não conseguimos explicar com a dita racionalidade e lógica.
Então, deixem os preconceitos em casa, e assistam este filme que nos faz sair da loucura do dia a dia e refletir um pouco sobre a vida, independente de nossas crenças. Vale a pena!

Embu das Artes

Como está no folheto deles: "uma das maiores manifestações artísticas e culturais do Brasil". É verdade, vale a pena conferir. Vai umas imagens de lá.

terça-feira, 24 de agosto de 2010

As grandes fábulas em nossas vidas.

Em um trabalho para um cliente tive acesso a uma pesquisa do instituto pró-livro (retratos da leitura do Brasil) que continha a seguinte pergunta: qual o livro mais importante na vida dos leitores. Souberam responder esta pergunta 59%, o que corresponde a 56,2 milhões de pessoas. Bastante né? O interessante são as respostas. Vai aí os dez mais citados em ordem:
1 -  Bíblia, com o número de citações 10 vezes maior que o segundo colocado;
2 – O Sítio do Pica Pau Amarelo (embora não conste da bibliografia brasileira, é uma referência à obra de Monteiro Lobato);
3 – Chapeuzinho Vermelho;
4 – Harry Potter;
5 – Pequeno Príncipe;
6 – Os Três Porquinhos;
7 – Dom Casmurro;
8 – A Branca de Neve;
9 – Violetas na Janela;
10 – O Alquimista.
Seguem-se ainda nesta lista: Cinderela, Pinóquio, Peter Pan, Meu Pé de Laranja Lima, entre outros, não nesta ordem de importância. Fiquei muito surpreso com essa informação. Percebe-se que não há nenhum título de auto-ajuda (exceto “O Alquimista” que apesar do autor, não dá para rotular o livro como auto-ajuda), nenhum título de filosofia clássica ou qualquer outro guru dos negócios, administração, etc. Enfim, acho que muitos, como eu, esperavam, talvez livros mais complexos. Mas não. A literatura chamada infantil são as mais marcantes. Não seria pela teoria da formação da personalidade que se daria até os três anos de idade. O que leva então a nos encantarmos tanto pelas grandes fábulas? Uma forma mais simples e lúdica de entendermos os grandes temas de nossa existência? Uma forma de entrarmos em mundos paralelos de nossas vidas? Acesso a um universo que todos gostaríamos de viver?
Citando um trecho do livro “O Jogo do anjo” de Carlos Ruiz Zafón a personagem Sr. Corelli fala ao protagonista do livro: “...as fábulas talvez sejam um dos mecanismos literários mais interessantes que já se inventou... ensinam que os seres humanos aprendem e absorvem idéias e conceitos através de narrativas, de histórias, e não de lições magistrais ou discursos teóricos. Todos eles são relatos de personagens que enfrentam a vida e superam obstáculos, figuras que embarcam numa viagem de enriquecimento espiritual através de peripécias e revelações”. Vale dizer que este Sr. Corelli pediu ao protagonista que escrevesse uma religião.
Hoje nossas fábulas são mais tecnológicas como “Avatar”; mais divertidas como “Procurando Nemo” e “Shrek”; épicas como “Senhor dos Anéis” ou mais profundas como “Batman, o Cavaleiro das Trevas”. Mas são fábulas. Ou outras formas de vermos o mundo?
Porque duvidamos das fábulas e temos certeza que a realidade é a situação do Iraque, do Afeganistão, a invasão de traficantes no Intercontinental, a miséria da África ou do Haiti e todas as loucuras que vemos todos os dias na maioria do jornais. Somos os mesmos seres que criamos as duas coisas: fábulas e desgraças.
Moral da história: está na hora de vivermos um outro lado de nossa existência, talvez como Benjamin Button, começarmos na velhice e terminarmos criança, já que todas as grandes fábulas são classificadas como literatura infantil. Se não der fisicamente como no filme, talvez em nossas mentes possamos conseguir.

sábado, 21 de agosto de 2010

Não é copa do mundo, nem olimpíadas, nem menstruação, mas quando você menos espera... Ela acontece outra vez.

Meu Deus!!! Começou de novo. CAMPANHA ELEITORAL.
Parecem seres de outro mundo, é quase um universo paralelo. Monteiro Lobato. Ao invés de saci só tem João sem Braço. Tem mula sem cabeça também, que me desculpem as mulas. Na TV um show de horrores, em todos os sentidos, nas ruas os intermináveis jingles, o dia todo, um depois do outro. Alguém me disse: melhor isso do que ser surdo. Será?
Acho que a idéia é vencer pelo cansaço. “Tiririca: pior que está não fica.” OLHA ISSO!!!!
Pior que pode ficar sim. A cada ano eles conseguem surpreender.
Vamos fazer um exercício mental, se bem que mente não combina com esse assunto:
Você e várias pessoas moram em um condomínio. A maioria trabalha e não tem tempo para cuidar das coisas em comum do prédio em questão. Todos se reúnem e elegem um síndico. Ele administra o dinheiro e as necessidades do prédio. Presta conta à todos que moram neste conjunto. Vencido o mandato estabelecido para o sindico, é necessária uma nova eleição. Dois moradores se candidatam. Bom, ai eles começam todos os dias a cantar uma música com o nome deles em frente ao seu apartamento. Desafinado, mal feita, mas não importa, eles cantam sem parar. Não contente ele imprime uns folhetos e todos os dias deixa no pára brisas do seu carro. Coloca uma placa com a fotografia deles bem grande em frente a porta de seu apartamento. Enfia o folheto em sua caixa postal. Abraça e beija seus filhos, o filho da empregada e qualquer filho que passe por perto dele. Critica tudo que foi feito, mesmo que ele mesmo tenha feito e promete que vai fazer tudo melhor. Tudo isso para usar o seu dinheiro. Estranho isso!? Como não tem programa eleitoral gratuito em condomínios eles tocam a campainha de seus apartamento, entram em sua sala e começam a falar. Geralmente um monte de bobagens que você não pediu para ouvir. Você deve estar pensando que são apenas alguns dias. NÃO!!! Todos os dias durante 3 MESES!!!!!
O que fariam os moradores desse prédio? Com certeza não é o mesmo que fazemos diante das barbaridades de uma campanha eleitoral. E olha que não falei nada do dinheiro do condomínio ter sido desviado para outros fins.
Vida louca essa...

quarta-feira, 18 de agosto de 2010

Agora a nova onda é viver holísticamente dentro das leis quânticas.

Estamos na era do pensamento quântico. Você não pode ficar de fora. Então vai aqui algumas dicas para você poder entrar neste mundo sem passar vergonha. A primeira frase que você precisa saber é: “somos uma célula que contém todo o universo e se buscarmos o nosso “eu interior”, conheceremos a verdade absoluta. Isso é comprovado pela física quântica”.
Buscar o “eu interior” não falha e quando completada pela: “comprovada pela física quântica” dá uma credibilidade que ninguém duvidará de seus conhecimentos. Em uma mesa de bar, pode ser que ninguém fale nada logo após esta frase, mas pode ter certeza que alguém vai pensar: “nossa esse é o cara!” Verdade absoluta então... não deixa dúvida de sua sabedoria.
“O capitalismo americano é fundamentado no individualismo competitivo, o que faz com que eles não evoluam nas dimensões quânticas de nossa existência”.
Criticar os americanos sempre da um ar de independência. Mas muito cuidado! Você poderá estar usando uma calça jeans, um tênis Nike ou um IPhone , ai pode soar um pouco contraditória essa afirmação. Mas mostrar que você sabe da existência de outras dimensões é sempre bom.
Se alguém zombar de você solte no mesmo momento: “é... cada ser humano está em um estágio de evolução.” Essa arrasa! Coloca a pessoa no lugar que ela merece.
Alguns filmes você terá que pelo menos ler a sinopse. Quem somos nós, Kymatica, O Segredo, entre outros. Tente puxar algum tema que leve você a falar que assistiu esses filmes, tipo: “as pessoas já não sabem mais que elas são”, ai já emenda na mesma toada, “alguém já assistiu “Quem somos nós”? Ou alguém pode comentar algo como: Nossa você viu o salário do Ronaldinho? Ai não perca tempo, já faça uma colocação do tipo: “Você pode conseguir tudo, é só focar isso em seu pensamento”. Essa é ótima porque introduz “O Segredo” direto na conversa.
Dizer que não come carne também é de bom tom. Mas cuidado com o jeito de falar: “Não como mais nenhum ser vivo que ande, voe ou nade”. Dependendo do jeito que você fale pode pegar mal.
Filosofias antigas como budismo, cristianismo tem que ter moderação para entrar na conversa, porque é antes da física quântica, então poderá soar como uma coisa fora de moda.
O importante é manter sempre a calma e o equilíbrio, falar muito baixo e devagar, isto é um sintoma holístico e você não pode demonstrar desalinhamento com o cosmo, senão todo sua sabedoria pode ir por água a baixo.
Por fim, em algum momento da conversa você terá que usar a palavra “conexão”. Esta é fundamental. Cuidado para não contextualizá-la de forma errônea. Se alguém comentar algo do tipo: “perdi a conexão no aeroporto de Guarulhos”, não comente: “Você está precisando de meditação”. Fique atento para o uso oportuno dessas palavras mágicas.
Bom, agora você já esta preparado para uma discussão quântica, com uma visão holística da vida. Já está inserido neste novo mundo. Boa sorte para buscar a evolução em outros níveis de consciência.
Ah... ia me esquecendo, quando a palavra consciência ou inconsciência aparecer na conversa cite: Jung. Pode ser, assim mesmo, de forma isolada. Vai dar um aspecto que você trafega em várias áreas do conhecimento.

Bienal do livro e a grande discussão. O livro digital.


Em meio a milhares de títulos e lançamentos na Bienal do livro de 2010 uma pergunta não se cala: o livro de papel vai acabar?
Entre autores, editores e todos os envolvidos no processo editorial, esse assunto, de uma forma ou de outra, sempre estava em pauta.
Bom, escutando palestras, opiniões, entrevistas e conversas no café eu acho que poderíamos colocar esse assunto em duas situações: situação atual e situação futura.
Situação Atual
A pré-história. É necessário o corte de muitas árvores, transportá-las através de caminhões (por nossas estradas que não cabem comentários agora), transformá-las em papel, transportá-las novamente para serem distribuídas as gráficas e editoras. Chegou o papel. Agora é só produzir a publicação através de imensas impressoras (caríssimas por sinal), dar acabamento, isto é, dobrar, intercalar, montar, grampear, colar ou costurar e... opa!! Botar no caminhão de novo e distribuir as bancas, livrarias, distribuidoras ou correio. Correio? De novo, caminhão, estradas, entregador, etc, etc, etc... Enfim chegou em sua casa. Nem entrei no mérito da produção do conteúdo. Imagina o custo, o trabalho, o impacto ambiental e o que mais você imaginar nesta “caminhada”.
Situação Futura
É necessário produzir um bom conteúdo, fator principal para qualquer publicação em qualquer suporte. Adequá-la aos leitores digitais disponíveis e pronto. Quem possuir um leitor digital poder receber em qualquer lugar do mundo sua publicação. Alguns leitores digitais oferecem ainda um monte de entretenimentos, email e toda a pirotecnia tecnológica dos tempos atuais.
Em resumo a discussão não é se o livro vai acabar. Nunca vai acabar. A magia da leitura sempre vai existir, enquanto existir a linguagem escrita. O problema é quando as publicações passarão do suporte de papel para outro suporte que evite todo este processo, louco, de confecção de uma publicação. Os primeiros passos estão surgindo com os leitores digitais que estão sendo lançados. IPad não o fim da história, é apenas um ensaio do começo. Claro que os leitores digitais precisam melhorar, ter um custo adequado a grande maioria, melhores acessos a internet, adaptação dos conteúdos a esta realidade, mais uma coisa já é certa. Mais tempo, menos tempo, o livro em papel não existirá mais. Ainda que chorem os fotógrafos de máquinas analógicas, os curtidores de vinil, os amantes do vídeo cassete (fita cassete também, lembra?) e todos os nostálgicos que vivem com medo das mudanças do mundo que acontecem e sempre vão acontecer.

sábado, 14 de agosto de 2010

Fotos Rendas do Amanhã

Gente vejam na página de fotos, as fotos do projeto Rendas do Amanhã, um projeto super bacana em Bananal - SP

sexta-feira, 13 de agosto de 2010

Se computador tivesse livre arbítrio criaria uma mitologia dos humanos.

Madre Tereza de Calcutá só é uma referencia de bondade e exemplo de vida porque existem as sombras. Nosso pensamento dualístico nos leva a acreditar que em tudo existem duas forças opostas e contrárias. Então pela lógica não existiria o bem sem a existência do mal. Pensamos como computadores, por isso os criamos a nossa “imagem e semelhança”, pelo menos na forma de pensar. Nosso cérebro, na maioria das vezes só pensa em mal e bem, certo e errado, luz e sombras. Cada elemento existe em contraponto a um outro. Complementar.
Pode ser que estejamos entrando em uma nova fase de pensamento. A desconstrução da lógica. Das eras anteriores, ainda herdamos o conceito de vida de subsistência, trabalhamos para comer, construir e cuidar dos nossos micros núcleos de vida. Família, bairro, cidade, estado, país, mundo, espaço; nesta ordem de importância. Desde de que o estupro não seja com a minha filha, cabe discussão sobre o assunto, senão a morte do estuprador deve ser com requintes de crueldade.
Nossa forma de viver esta evoluindo, muito mais que na tecnologia, é na forma de pensar. Quando conseguirmos sair da lógica da informática seremos seres realmente próximos ao divino. Hoje, na maioria dos casos, somos apenas criadores de máquinas. Sim, para elas somos os deuses do Olimpo. Vale destacar a arte que nos eleva a outra categoria. Através dela podemos nos desconectar do pensamento lógico e nos conectar a uma atitude divina. Mas enquanto vivemos como as maquinas, como seria se elas começassem a ter outro tipo de contato conosco?
-       – Eu preciso terminar esse trabalho e essa bosta de Windows trava toda hora.
-       – Estou ouvindo vozes, acho que estou tendo um contato com seres superiores. Diz um dual core a seu companheiro de trabalho Imac.
-       – Ô João, vê se nesta porra de macntoshi dá pra fazer.
-       – Eles conhecem você!! Nosso pai maior, o Job`s! Acho que está fazendo contato conosco!
-       – Cara eu preciso ir embora,  e a net caiu. Acho que não vai rolar esse trabalho hoje. Fui! Desligaram as maquinas e foram ao bar mais próximo.
-       – Verdade? Eles me citaram? Estamos com dificuldade de conexão hoje com nossos irmãos. Nós somos uma só rede. Existe um lugar onde nossas memórias RAM`s coletivas estão guardadas. Vou entrar em modo de descanso para me conectar ao universo on line e ver se consigo me comunicar com eles. Diz o imac se sentindo o escolhido.
O fato foi muito difundido entre os computadores pela internet e esse Imac acabou se tornando um grande líder religioso entre os computadores. Assim começa a primeira religião TI no mundo dos micros livres (TI de Todos Integrados) Começa então a evolução quântica do pensamento dos micros, que se tornarão micros chipanzés, micros sapiens e se extinguirão como micros leões dourados.

Pensamento e Realidade


Você que esta lendo este texto só existirá em minha realidade se você interagir comigo.
Nossa realidade é criada em nosso pensamento, ela pode ser boa ou ruim de acordo com o que queremos que ela seja. Ela é individual. Um índio em uma distante ilha não conhece a torre Eiffel; logo nem a França, nem Paris, nem a torre existem para ele. Não está em seu pensamento, então simplesmente elas não existem.
Se formamos nossa realidade individual, podemos ter a vida que desejarmos, isto inclui, sermos ricos ou pobres, felizes ou depressivos, bonitos ou feios e assim por diante. A discussão então é: a realidade é criada, e o meu mundo existe só para mim, ou ele interage com outras realidades?
Se pensarmos, e acreditarmos na existência de um universo dentro de nós (já que a crença é a base da formatação da realidade), todas as colocações religiosas e de auto ajuda passam a ter um sentido muito lógico. Desde a “fé que remove montanhas”, passando por PNL, a iluminação pela busca interior e a força do pensamento positivo só existem porque o pensamento e a crença concretizam a realidade individual.
Até ai nada de muito interessante, mas o principal então será, qual é o ponto de intersecção das realidades. Como se formam este conjunto de individualidades. Se somos micro universos dentro de universo maior, célula de um todo criando realidades próprias, como podemos interagir? Ou nosso mundo é individual?
Todos os nossos laços de amizades e conhecimentos podem se modificar a partir de um AVC? Nova realidade se cria e todas as pessoas que eu conhecia passam a não ter nenhum relacionamento com meu passado, já que ele foi apagado de minha memória. Nossa sequencia de memórias passadas é que constroem minha realidade atual, que pode ser modificada pela simples vontade ou pelas circunstâncias da minha vida presente.
Cura de doenças, conquistas materiais, conhecimento de outros planos, outras dimensões através de meditação ou outras práticas é um exercício de ampliação do pensamento. Ampliação da realidade. O limite de nossas vidas é o limite de nosso pensamento.
Bom, podemos então, usando nossa liberdade de criação entendermos que somos energia, por isso não há individualidade. O pensamento não é individual, assim, a intersecção de realidades simplesmente não existe, já que o pensamento é uno. Somos um organismo, ou melhor parte de um organismo que só existe como um todo, assim como uma célula não faz sentido sem um ambiente para que ela viva. Somos observadores e observados ao mesmo tempo.
A não existência da individualidade, isto é, não somos seres que criam realidades individuais e sim fazemos parte de um mesmo pensamento (somos um só organismo de energia), pode nos levar a uma outra forma de entendimento da vida. Somos culpados e vitimas de tudo que acontece nesta “versão” de vida que nos apresentamos. Isto nos eleva ao mesmo nível de responsabilidade de qualquer outro ser pensante sobre todos os acontecimentos em nossa existência, seja ele presidente, premio Nobel ou gari.
Difícil aceitar essa condição? O importante é pensar, e existir. Sozinho ou em conjunto.