sábado, 17 de novembro de 2018

A era de Aquário


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Mesmo com acesso a um volume impressionante de informações, as vezes, sinto como uma criança decidindo entre um chocolate ou mil Reais. Acesso a mais informações que qualquer grande pensador, cientista, filósofo, enfim, que qualquer ser que existiu até meados do século passado pudesse ter. Mesmo assim, temos pouco ou quase nada de novo. Nada de verdadeiramente interessante.
Vejo de um lado o surgimento de idéias medievais como se fossem brilhantes. Pensamentos rasos sobre sistemas e pensadores, que são resumidos por suas "lateralidades", sem o mínimo de compreensão sobre suas idéias, que quase sempre estão presas a um passado, sem a força e vivacidade do presente. Muito do mesmo. E do que se tem de pior do mesmo!
Do outro lado, uma vontade de se restabelecer uma visão igualitária, mas que fica também num limite de frases feitas, sobre as costas de cansados pensamentos, que remontam uma cultura escura, meio alcoolizada e esfumaçada dos cafés europeus.
Uma terceira via se esconde em cima dos muros. Intelectuais nutelas, para usar terminologia atual. Líderes políticos, religiosos, blogueiros e afins, que navegam com a bandeira branca, não da paz, mas da falta de argumentos, de posicionamento. Falta de presença.
Há um ensinamento que ilumina muito este momento de cultura imediatista, superficial, de fotos de sorrisos do mundo de Alice, e ele diz assim: a consciencia não desperta sozinha. Acho que este é o ponto de partida. Há de haver um esforço e um grande esforço para um despertar. E é individual. Que se inicia com coragem. Coragem de assumir posturas, de assumir compromissos e compromissos em primeiro momento consigo mesmo.
Fomos jogados em frente ao espelho, sem maquiagem, sem preparo para olharmos nossa própria imagem. Nossa imagem coletiva. Aquela que estava escondida nos escombros da luta do dia a dia. Luta para sermos uma pessoa feliz, sem nem saber exatamente o que é ser feliz.
Alguns dizem que esta é a era de mudanças, a era de Aquário. Se for o de Nemo, me anima mergulhar em um misterioso oceano de possibilidades. Torço para não ser um aquário, aquele, que ao observarmos, vamos adotando o hábito de ficarmos mexendo os lábios, sem ao menos dar um grito de indignação.

quinta-feira, 15 de novembro de 2018

Ninguém solta a mão de ninguém



Os acontecimentos, foram e estão sendo, um grande aprendizado. Eu vi omissão, líderes que deveriam se posicionar mas preferiram o muro. Pessoas que mostraram seu conteúdo, bom ou mau. A dificuldade de compreensão e interpretação de muitos. A coragem de poucos. Passei a admirar alguns. A ignorância, as vezes, a sabedoria. Acredito que poucos ganharam neste processo.
A religião foi usada, como quase sempre é, para encobrir os verdadeiros interesses.
Pensei muito... inclusive se deveria escrever nesta rede, que hoje percebo como um dos meios mais nocivos para nossa tranquilidade mental. Estou buscando lá no fundo, um sopro, um alento de paz, diante de tanta informação. Mas acredito que está sendo um período de luz, sem o qual não poderia ver as coisas como elas realmente são. Se estamos neste mundo para aprender, só tenho a agradecer estar passando por estes momentos. O importante para finalizar é que, para aqueles que nesta turbulência estão encontrando seus pares, a hora é de dar as mãos. Com certeza a caminhada vai ser melhor, principalmente quando sabe-se onde pisa.
🙏

segunda-feira, 7 de abril de 2014

Continuando o Caminho.


No primeiro texto “falando um pouco sobre Yoga”, eu comentei sobre o primeiro passo. As disciplinas sociais, o mínimo para estarmos bem neste mundo. Apesar de mínimo, as vezes muito difícil termos consciência de cada passo.
Neste, falo um pouco sobre o segundo passo. Com “apenas” dois passos, não estamos caminhando, mas começando uma caminhada. Passos de uma transformação.
Mas o que é transformação? Adquirir outra forma?
Talvez a maior aflição do ser humano seja o medo da morte, a maior de todas as transformações. Mas se temos tanto medo da única transformação que temos certeza, que nosso corpo deixará de existir, se transformará em pó, por que desejamos tantas transformações em nossas vidas?
Porque não desejamos, elas simplesmente irão acontecer, queiramos ou não.
Este segundo passo é um passo de transformação pessoal, que precisamos entendê-los como princípios. Princípios que se dividem em cinco pilares, simples de serem entendidos, por vezes, quase nunca aplicados.

Precisamos de pureza, estarmos limpos. Limpos de pensamentos, limpos de atitude, limpos na alma. Purificarmos com a beleza da vida para poder oferecer pureza a nossa volta. Nossa mente precisa respirar, estar transparente, só assim podemos sentir o mundo e oferecer leveza.
Precisamos estar contentes. Sem comparação. A vida nos dá todas as alegrias e dificuldades que precisamos para estarmos aqui. A alegria de aceitar, e isto não é ser passivo a vida, é a alegria de entender os merecimentos. É estarmos sempre pronto para aprendermos, crescermos, sermos desafiados e superar os desafios e assim... poder sorrir para a vida. Aceitar a vida, nos aceitarmos, aceitarmos à todos. Poder realmente estar feliz por estar aqui.
Como em tudo, precisamos queimar a preguiça, sermos disciplinados, termos metas, cumpri-las. Determinação. Ser o fogo do ânimo. Prontos para encarar a luz de todos os dias.
Prontos para estarmos atentos a nós mesmos. Dispostos a nos encarar e a cada dia nos conhecermos melhor. Através da nossa vivência, experiências de seres melhores que nós, revelações. Só através do aprendizado, sobre o mundo e principalmente sobre nós mesmo podemos caminhar. Termos a coragem de nos vermos nus.
E por fim, entregarmos nossas ações, nossa vida, ao universo, sem esperar nada em troca! Conseguirmos nos desapegarmos de nós mesmo. Conseguir a felicidade de fluir com coisas. Unirmos as mãos em prece e de alma limpa sorrir para a energia que está em todos os lugares. Sorrir para Deus.
Este é só o segundo passo.
Que todos possam caminhar por esta estrada com muita paz e simplicidade, por que só a simplicidade nos abre as portas do entendimento.
É isto que está escrito, todos podemos praticar Yoga em todos momentos de nossas vidas.

sexta-feira, 28 de fevereiro de 2014

Falando um pouco sobre Yoga


Um dia... quem sabe.

Um dia, as pessoas vão falar como melodias.
Um dia, os abraços serão como a brisa, mais suave
Um dia, apenas um pequeno sorriso será suficiente para eliminar todas as palavras.
Um dia, a humanidade vai entender que o respeito à vida, é a Vida, e não a sua ou no máximo ao da sua família.
Um dia, todos vão fazer atividades que beneficiem a todos seres.
Um dia, o que parece utopia vai ser natural, no seu sentido mais simples.
Um dia. vamos ser felizes apenas por apenas estarmos vivos!
Um dia, nós vamos realmente entender o que significa paz!

Viver sem querer ser mais que nada.
Viver livre, atento, ao mínimo necessário.

As escrituras, milenares, podem nos dar pelo menos dez atenções, que devemos ter para sermos livres. Para começarmos o caminho da paz.
Nenhuma novidade. Está dito, há milhares de anos.

São elas:

- tirar a violência de nossos pensamentos;
- não nos apossar de nada que não seja de direito nosso;
- ter como meta apenas a verdade;
- utilizar o sexo como instrumento de amor;
- dominar nossos desejos, raiz de inúmeras tristezas...

- cultivar a pureza;
- aceitar o nosso caminho;
- ter disciplina;
- auto-estudarmos e estudar, sempre, antes de qualquer pré julgamento;
- por fim, voltarmos ao encontro de Deus, seja Ele, da forma que consigamos entedê-Lo.

Este é o início, o início do caminho do Yoga.

Namastê.

sexta-feira, 20 de dezembro de 2013

Recomeçar e aprender. Sempre.



Aprender é esvaziar-se. É deixar que as energias circulem. É poder olhar no espelho e ter a certeza de que nada sabe.
Temos todos os dias para aprender. Sob a luz do sol se desvenda um mundo, sob o reflexo da lua nos repousam as reflexões. Feito assim, de luz e sombras, por vezes de escuridão, vão se construindo vidas. De observações, tropeços, alegrias...
Precisamos apenas estarmos abertos: aos erros, a vida!
As vezes achamos que aprender é acumular, sejam experiências ou conhecimentos, mas não, é o inverso disto, é deixar nossas experiências, abandonar nossos conceitos, deixar para traz o que passou, abrir-se para o novo. Estar sempre pronto para caminhar. Para frente!
Estamos prontos a cada dia, ao abrir os olhos, depois de vivermos sem as amarras de nosso corpo, começamos uma nova história, a cada amanhecer, desde que não estejamos presos ao passado. E o passado foi ontem!
Não é preciso entender de tudo, ser um especialista, um expert. Não é preciso ter nada, apenas estar aberto, sentindo suavemente a brisa do conhecimento nos tocar, todos os minutos.
Entender isso, é experimentar um pouco da liberdade de ser. Apenas ser.
Quando um ciclo se encerra, é momento de refletir, sobre o que somos, o que nos tornamos, sobre o que queremos ser... Queremos ser felizes!
Tão complexo e simples, tantas e tantas tentativas para nos sentirmos apenas leves.
Aprender a leveza da vida é um grande esforço de esvaziar a mochila. Exercício de não pensar muito. Em um livro sagrado diz-se mais ou menos assim: “conquistar nossos pensamentos é como dominar o vento”, talvez por que, o grande domínio seja se juntar ao vento.
Recomeçar é um ato de acordar, todos os dias. Aprender é a função da nossa vida atual, apenas isso é importante, a cada minuto sermos outra pessoa. Aprender, novo ciclo, nova vida...
Que venha mais um ciclo de transformações, internas ou externas, até que um dia, talvez um pouco distante, consigamos chegar a tranqüilidade do imutável, a serenidade da constância, da verdade, da clareza, da paz.
Neste momento chegaremos a nós mesmo e estaremos a um passo de Deus, que está em nós. Sempre.

sexta-feira, 11 de outubro de 2013

O vento e o sol



O vento seca nossas lágrimas como o sol aquece nossos momentos invernais. A luz nos traz vida quando não conseguimos enxergar através da escuridão de nossos medos. Medos que nos trazem inquietude.
A percepção enternecida dos momentos que vivemos vem da sutileza dos sentidos mais profundos, quando a quietude de nossa mente fica em um fio entre a matéria e o espírito. Linha tênue, que nos mantém entre o céu e o inferno.
Preso em nossos corpos podemos, por muitas vezes, nos sentir pesados, esvai-se nossa sensibilidade fina, nos apegamos ao modo mais grosseiro de viver. Mas na mesma proporção, por vezes, podemos sair deste estado e aguçar nossa percepção, possuindo quase uma sensibilidade imaterial. A sensibilidade dos aromas, do tocar da brisa fria e suave, do conforto do aquecer da luz.
O vento leva nossos pesares, o sol ilumina nossos sonhos. Podemos ser aquilo que imaginamos, e o que acontece é apenas um reflexo deste pensamento. Onde está a verdadeira natureza de nossos sonhos, conflitos, desejos...
O vento nos traz a vida, o sol a faz florescer. Qual seria nosso destino sem os elementos que nos constroem. Podemos pensar em viver sem a relação com tudo a nossa volta. Seres independentes que precisam do vento, da luz, do calor, para simplesmente viver. Seres invisíveis, sensações invisíveis.
Quando conseguiremos, realmente entender que o simples vento, a luz, são tão importantes quanto nós mesmos? Por este caminho, quem sabe poderemos começar a entender o quanto tudo a nossa volta é tão importante para nossa existência quanto nós mesmo. Será que assim poderemos então entender a importância de nossos pares? Animais, humanos e tantas outras espécies que estão aqui, que não se expressam de forma grosseira para conseguirmos escutá-los.
Que o vento nos traga mais sensibilidade e a luz mais sabedoria. Que nos traga o poder da consciência de que não estamos acima de nada, que somos uma pequena parte e apenas participamos desta dança.

sexta-feira, 23 de agosto de 2013

Um minuto de silêncio por favor...


O que falar da tristeza. Gerada pelo pensamento, pela desconexão, pela perda da autoconfiança, pelas frustrações do dia a dia.
Ela chega devagar, vai se instalando em nosso coração e vai nos tirando o ânimo, aos poucos.
Nos abatemos mais com os espinhos da vida quando estamos tristes. Mesmo que pequenas, as dores ecoam no vazio que a tristeza gera dentro de nós.
Para que serve a tristeza, apenas para nos deixar tristes? Ou existe algum propósito que não sabemos. Não sei... Sei que ficamos tristes, e as vezes, bastante.
Via de regra, por puro ego! Gostaríamos que a vida fosse da forma como desejamos. Mas não é? Como gostaríamos que ela fosse?
Com bastante dinheiro, cheia de lazer, de preferência com muita saúde, amigos sorrindo, viagens para lugares incríveis e sem nenhuma dificuldade.
Então... seríamos felizes!
Mas, acredito, que na maioria das vezes é o contrário. Que triste...
Então podemos entrar em nós mesmo e descobrir a felicidade. Como, se estamos tristes por dentro?
Pedimos a Deus para nos ajudar, mas a resposta quase sempre é o silêncio.
E com o silêncio podemos ficar mais tristes.
Não! O silêncio pode ser o grande caminho para nos elevar novamente. O silêncio da mente.
O que nos deixa tristes é nossa expectativa. É sempre querer, querer e querer mais. É no silêncio da mente que nossas angustias se acomodam, é no silêncio que ouvimos o nada. Não há tristeza no nada.
Precisamos sair de nossa arrogância de achar que nossa felicidade está ancorada em benefícios de nosso ego. A felicidade está na quietude do querer.
Começamos por diversas palavras que não deveriam ser ditas e terminamos com diversos pensamentos que não deveriam ser pensados.
Ou o inverso disso, o que seria o ideal.
Feliz é aquele que não dá ouvidos à tristeza.
Então...                 ...silenciosamente ela se vai...

sexta-feira, 19 de julho de 2013

Quem vive quem?


O que pode ser a vida?
Pode ser montanha, rio, mar, árvores, ar fresco, vento, chuva, cheiro de chuva, grama, um belo horizonte. Pode ser um bom pensamento, uma tarde cinzenta, nuvens que passam e... vem o sol, sempre iluminando... mas pode ser a lua também, iluminando o coração.
O que mais? Será que pode ser um olhar? Quem sabe uma bela canção, um amor, uma fogueira, um sorriso ou apenas um suspiro.
Pode ser bonita, uma boa conversa, aquela noite, aquele dia...
Um céu de outono, um azul de inverno, uma brisa do verão ou aquela flor na primavera.
Aquela flor, lembra? Que aos poucos foi se abrindo, deixando a vida entrar, aos poucos transformando em vida, transformando a vida; branca, amarela, azul, quantas cores existirem.
Pode se sentar, aqui é a vida.
Não precisa ter pressa, ela vai passar, você correndo ou não.
É preciso ter um pouquinho de tempo para conversar com ela.
Podemos as vezes estar por aqui e não vê-la, não conhecê-la, nem ao menos trocar um olhar com ela. Uma coisa é certa ela vai passar, e passar, e passar...
Ela pode estar em apenas uma nota musical, em uma lágrima ao lado, ou melhor, ela sempre está ao lado, nunca na frente, muito menos atrás.
Ah vida... quem vive quem?
Talvez não tenha como saber, mas para tentar é preciso não pensar muito sobre isso não, é preciso apenas viver, apenas sentir, para que entender?

quarta-feira, 19 de junho de 2013

É HORA DE MUDAR!




A sensação de cansaço é evidente, mais que cansaço, indignação! O sistema atual não corresponde aos anseios da grande maioria. O consumo exacerbado, a exploração dos recursos naturais, e lamentavelmente, o Ser Humano que hoje pode quase ser considerado um recurso natural explorado por muitos, a falta de consciência dos líderes e governantes chegam a causar náuseas.
Claro que apenas sair na rua contra tudo que oprime a todos, (e não cabe ficar repetindo educação, saúde etc) não é a solução para o desenvolvimento, mas sem dúvida é o primeiro passo, e precisa, e deve ser comemorado!
A indignação conseguiu atingir quase todas as classes, raças, idades, apenas alguns que ainda não conseguem se colocar no lugar da maioria, que lutam para sobreviver em um sistema que transforma pessoas em semi-animais, ainda expressa resistência a um movimento que nos traz um sentimento de união, de BASTA!
Quando existe uma dificuldade grande em acordar as pessoas que dirigem a massa de sua visão deturpada e corrompida da relação humana, somente gritando nas ruas, sei que é difícil, mas talvez elas acordem deste sonho nefasto de exploração em que vivem.
Agora é hora, hora de reavaliarmos nossa condição humana, revermos valores do nosso sistema, e principalmente nossos valores internos.
É hora de sairmos de dentro de nós mesmos, tirarmos nossas máscaras, assumirmos o papel de viver, sem a interferência histórica e escravagista de uma minoria dominante que ri, em seus banquetes, da miséria de pessoas, que obrigadas ao sacrifício de se manter vivo, financiam este sistema de consumo falido, que em ruínas há muito, vem se rastejando para se manter. Rastejando no sentido de viver do suor, das lágrimas de diversos que morrem nas portas de hospitais, com tiros, nas ruas, por muitas vezes, sem receber ao menos um olhar para provar que ainda existem.
O momento é de ir para as ruas, lugar onde simbolicamente igualam-se todos, ruas que simbolizam nossa caminhada nesta vida, ruas onde podemos estar “olho no olho” com nossos pares, entendendo que todos são nossos pares.
Devemos aproveitar essa hora, gritarmos por respeito e no silêncio interno darmos outros passos tão importantes quanto este, mudarmos a nós mesmos!

terça-feira, 28 de maio de 2013

O que vou representar desta vez?



Somos atores em um mundo que sempre está em cartaz.
Somos personagens concomitantemente felizes e tristes, em conflito e paz, chegando e partindo, sempre, por toda a eternidade.
Quando chegamos assumimos um papel, por vezes importante, ou melhor, sempre importante para nós mesmo.
Se escolhemos chegar no passado, é no passado que vivemos. Se escolhemos o futuro, é no futuro que se dá nossa nova vida, mas enquanto estamos aqui, só podemos viver no presente desta grande obra teatral que está sempre acontecendo, em todos os tempos, ao mesmo tempo. Assim podemos entender a não existência de passado, futuro e presente ou pelo menos a não existência linear do tempo.
O tempo não existe!
Hora de partir? Não, apenas de repensarmos nossas atuações e voltarmos novamente ao palco terra. Palco e Mãe, por vezes, palco e diretor.
Que tempo devemos viver agora? Talvez é necessário voltarmos para aprender aquilo que não conseguimos entender, ou muito a frente, podendo desfrutar de outros sabores e emoções. Estamos evoluindo.
Mas não podemos nos esquecer nunca, enquanto estivermos aqui só podemos viver aquele minuto do presente.
Este é o nosso bom presente, vivermos sem a tristeza da lembrança de nossos erros e enganos. Soltos, livres, sem noção do que vem pela frente. Que bom!
Mas de novo é hora de partir. Partir não, repensarmos e aprendermos novamente. Momento para lembrarmos de tudo e termos uma nova chance.
Voltar ao palco e aprender, mais e mais...
Assim é o ciclo.
O ciclo das encenações, dos personagens, das vidas, dos encontros e desencontros, o ciclo da evolução... eterna evolução.
O importante é pensarmos, que papel escolhemos para nossa encenação neste momento?

sexta-feira, 10 de maio de 2013

O que seria: relacionamento?

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Sentado à beirada de um rio.
Quantos pensamentos, quantos momentos se passam. É ao mesmo tempo externo, mas me traz uma impressão que está em mim. A correnteza, a força, as águas, sem parar. Não me afeta, mas de alguma forma me leva também. Afinal também sou água, sou força, sou a inconstância desse volume que passa sem mesmo saber onde está indo.
O que importa para onde vai?
Na margem, ou à margem, sou o observador. Mas vamos imaginar que eu fosse o observado?
O rio me olha. Parado. Perdido em pensamentos. Simplesmente ali olhando, sem ir a lugar nenhum.
Quantos olhos teria o rio que sempre passa, a cada segundo diferente, me olhando de outra forma. Ele não conseguiria entender porque estou ali, parado.
Talvez me convidaria a entrar. Sentir sua energia. Seu fluxo. Sua textura, sua temperatura. Sentir, através dele, a própria vida. A minha vida.
Sentir ao mesmo tempo toda a alegria dos momentos que sempre passam, rápido, quase que através de mim, e eu no rio, parado.
Agora parecemos um só. Eu e o rio.
De certa forma ele está me movimentando, levando de mim o que já deveria ter descartado. Até meus pensamentos se foram!
Mas ele está ali, parado também, mas se movimentando.
Não posso mais dizer o que sou eu e o que é o rio.
Então, saio dele. Ele está novamente à minha frente. Continua lindo, seguindo seu caminho...
Um relacionamento.
Acho que é isso: um relacionamento.
A gente se coloca como observador e aos poucos nos transformamos em uma coisa só.
Vamos entrando em outras vidas, e elas passam a ser nossas também.
Mas em determinado momento nos separamos de novo, mas aquela experiência de certa forma nos transformou.
Relacionamento.
Aceitar o convite para entrar no mundo do outro e por um breve momento se tornar um mundo só. Talvez seja isso.
Precisamos apenas estar dispostos a aceitar o convite.

quinta-feira, 18 de abril de 2013

 Muitas pessoas falam de Deus, algumas oram para Deus, poucas falam com Deus, quase nenhuma fica em silêncio para ouvir o que Deus tem a dizer.

quinta-feira, 28 de março de 2013

O caminho.



Cinco pessoas, com os mesmos recursos, saem de um ponto A para um ponto B.

O primeiro escolhe ir de avião, prefere chegar mais rápido.
O outro vai de carro, adora dirigir.
O terceiro decide ir de bicicleta, valoriza muito a atividade física.
Adepto ao sacrifício, o seguinte escolhe ir andando.
O quinto prefere a contemplação. Vai de ônibus.

Quais dos cinco estão corretos ou tem vantagens sobre os outros?

Assim é o caminho espiritual.

Todos vão chegar.


 

quinta-feira, 14 de março de 2013

É possível ser feliz?

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A vida simples assim...
A realidade é efêmera. Uma fração de segundo e pronto... já se foi.
Não tem graça, não tem cor, é apenas mais um momento.
Por vezes boa, na maioria das vezes, apenas realidade.
O que nos move, verdadeiramente são as possibilidades. Estas sim, cheias de luzes, cheias de esperanças, nos motiva a cada dia. Um universo está aberto quando se pensa em todas as possibilidades que temos.
Bastou se realizar para perder a graça, virar passado e nos voltarmos a mais e mais possibilidades. Podemos ficar ricos e poderosos. Podemos encontrar a pessoa perfeita. Aquele carro. Aquele emprego ou trabalho que vai nos realizar e nos encher de dinheiro. A viagem então, nem se fala. Hoje não estou muito bem, mas amanhã... quem sabe. Há muitas possibilidades.
O que isso significa?
Vivemos no mundo de ilusão. Esperando um amanhã que existe apenas em nossas mentes. Um amanhã criado de: possibilidades!
Essa ilusão do amanhã se transporta para todas as esferas de nossos pensamentos, da mais material até a mais espiritual. Espera-se o céu, a iluminação, a vida eterna, o encontro com os mortos... tudo está no futuro. Aquele, que não existe, mas é uma possibilidade.
Passamos anos nos enganando sobre o que pode vir a acontecer e esquecemos de uma coisa muito simples. Viver.
Ao invés de focarmos em tudo o que poderia ser, deveríamos estar um pouco mais preocupado com o que é.
E o pior, nem sempre as possibilidades são boas, então surge a ansiedade. Não estamos bem hoje por que amanhã pode ser ruim. Soa quase como absurdo, mas é a realidade. A possibilidade de não termos como honrar nossos compromissos futuro (aquele, que não existe) é suficiente para vivermos infelizes hoje.
Mas, não fique triste, vai aparecer uma instituição ou uma corporação que vai prometer resolver seu problema futuro. Faça isso ou compre aquilo agora e amanhã será melhor.
Quebrar este ciclo pode ser até muito simples, apenas entender que a vida é para viver, cada momento como ele é e não como ele foi ou como será.
E tenha certeza, nada é para sempre, tudo é diferente a cada segundo. Alguns momentos bons, outros nem tanto. É só viver estes momentos como são que aos poucos vai surgir um sentimento meio estranho, talvez se chame... felicidade.

quarta-feira, 13 de fevereiro de 2013

Uma janela para a vida.

 
Um olhar pela janela. A vida entre molduras.
Sob a perspectiva interna enxerga-se o mundo através da janela. Os limites escondem as infinitas possibilidades, enxerga-se o que se pode enxergar.
Do lado de fora o que se observa é apenas o observador e observado, pouco pode se ver além disso. Mas existe um universo por traz desta janela.
Ali está você. Na janela observando a vida e sendo observado.
Conseguimos ver a vida através de quadros, molduras, como diria o artista: “pela janela do carro, pela janela do quarto, remoto controle...”
Abrir a janela é se abrir. Entrada de luz. O mais importante não é a paisagem oferecida, mas ver o que se iluminou no lado de dentro. Podemos ver então o que estava entre sombras. Exercício de observar...
Observar o que nos oferece fora dela; outras janelas, janelas abertas, janelas fechadas... janelas.
Uma vida através do olhar.
Podemos não mais olhar.
Sem olhos, sem olhar... Apenas sentir.
Então não há janelas, não há ruas, não há paisagens, não há muros... há apenas o universo inteiro para você.
Uma vida através do sentir e então começar a entender aquilo que chamamos de vida.

domingo, 9 de dezembro de 2012

Um dia, fui eu mesmo!

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Um dia nasci.
Me desenvolvi. Aprendi a ler. Primeiros conhecimentos. Brinquei, me diverti muito como toda criança. Sonhava em um dia ser adulto. Ter tudo que um adulto poderia ter. Casa, família, o direito de fazer o que quiser sem ter que obedecer ninguém.

Um dia fui adolescente.
Festas, conflitos, paixões, autoconfiança, o mundo era meu. Só faltava realizar agora o sonho de ser adulto. Carro, mulher, dinheiro, emprego. Dono do próprio nariz.

Um dia fui adulto.
E o sonho se realizou. Carro, familia, dinheiro, emprego. Até certo ponto, dono da própria vida. E neste sonho trabalhava, cuidava da casa, da família... Trabalha mais, cuidava da família... Trabalhava e cuidava... Trabalhava...

Um dia acordei!!
E percebi que neste sonho acabei me esquecendo de coisas importantes. A simplicidade da beleza da vida, como era lindo ver o céu. O vento. As paixões. Me esqueci da alegria de viver, de brincar, das festas, da autoconfiança que achava que tinha, de todos os momentos despreocupados. Dos amigos... ahh... estes, inesquecíveis...
Acordei de um sonho que me mantinha adormecido. Acordei.
Não quero mais ser criança, não quero mais ser adolescente, muito menos adulto.
Quero ser simplesmente eu.

Um dia, fui eu mesmo.

quinta-feira, 6 de dezembro de 2012

Como uma onda no mar...



No útero somos apenas algumas células, se agrupando, multiplicando-se. Membros, corpo... começa ali uma magia de desenvolvimento. Um novo ser. O cérebro e talvez os primeiros pensamentos.
Uma escuridão de aconchego, não conseguimos ver o mundo externo, mas sabemos que estamos sendo amparados. Parece imaginação, não vemos, não tocamos, mas podemos sentir que somos parte dela. Da mãe.
Alguns sons podemos ouvir de fora, apesar de nenhuma prova ou conhecimento, aos sairmos seremos acolhidos por alguém.
Chega o momento de sairmos.
Nascimento, renascimento, não importa, estamos em uma nova condição. Nova?
Então começamos a nos desenvolver, nosso corpo, nosso pensamento, só que agora as dúvidas são outras. Vamos morrer ou renascer de novo? Não conseguimos ver, não tocamos, mas no fundo sabemos que continuaremos... amparados... somos parte dela.
Se somos parte, o todo não morre. Só transformamos. De energia em matéria, de matéria em energia, como uma onda que vai e vem, interminável, ao sabor das marés...
Ciclos, apenas ciclos.

quinta-feira, 29 de novembro de 2012

Que bom, somos humanos.


A alma escreve por mim. Tenho apenas sentimentos, em resumo: somos apenas sentimentos.
Nada é real. Tudo não passa de reflexos de nossos sentimentos.
Onde podemos guardar estes instantes que nos enchem de vida?
Descobri que em nossa mente não é! Cérebro, mente, pensamento, lógica todas essas palavras são apenas palavras, a vida é preenchida de sentir.
Quando se fala de energia, sei o que é: é vibração, literalmente vibrando. E isso é sentimento! Estar vivo, perceber muitas vidas vibrando também.
Descobri também que a interligação dos seres é que movimentam nossas energias, vibrações, sentimentos...
Bastou um olhar, um sorriso, uma palavra, uma troca; e um universo de alegrias se expandem em nosso ser. Alegria de sentir parte daquela vibração.
Águas, terra, fogo, flores, uma nova lua, ventos, trovões e tempestades nos trazendo energia.
Mas, nada é mais vibrante, nada é mais bonito que receber a energia de um ser, por hora chamado de humano!